INTRODUÇÃO
0 objetivo inicial não é provar aos judeus que Jesus, o Filho de Maria, era o Cristo, o Redentor que lhes fora prometido. Uma vez que estava escrevendo àqueles que já haviam feito uma confissão de Cristo, esse ponto é tido como que provado.
A preocupação do escritor é provar qual é o ofício de Cristo,que, com sua vinda, pôs-se um fim às cerimônias.
É necessário traçar esta distinção:
Como teria sido uma tarefa supérflua para o apóstolo provar aos que já estavam convencidos de que aquele que havia aparecido era o Cristo, assim fazia-se necessário que ele provasse o que Cristo era, porquanto não haviam ainda entendido claramente o fim, os efeitos e as vantagens de sua vinda; senão que, sendo dominados por um falso conceito acerca da lei, apegaram- -se à sombra em vez de tomarem posse da substância.
Hoje, nossa tarefa frente a tantas teologias é a mesma; pois confessam conosco que Cristo é o Filho de Deus, o Redentor que fora prometido ao mundo; quando, porém, nos aproximamos da realidade, descobrimos que o despojam de mais da metade de seu poder.
1. Seu ponto de partida é a dignidade de Cristo; porque parecia estranho aos judeus que o evangelho devesse ser preferido à lei.
2. Ele estabelece o ponto que estava em disputa, a saber, que a doutrina trazida por Cristo desfrutava de preeminência, porquanto ela era o cumprimento de todas as profecias.
3. A reverência que devotavam a Moisés poderia constituir-lhes um obstáculo, o apóstolo mostra que Cristo era muitíssimo superior a todos os demais.
4 . Depois de referir-se brevemente às coisas nas quais Cristo sobrepujava aos demais, ele menciona os anjos, de modo a incluir todos os outros com eles em sua própria hierarquia.
E assim ele avança prudentemente rumo ao seu alvo.
5. Depois de haver assim colocado os anjos sob o poder e domínio de Cristo, o apóstolo, como que tendo, por assim dizer, granjeado a confiança de seus leitores, declara então que Moisés era inferior a Cristo, à semelhança de um servo ao seu senhor.
Ao colocar Cristo, nos três primeiros capítulos, no pináculo do poder supremo, o autor indica que, quando Cristo fala, tudo deve ficar em silêncio, e que nada deve impedir-nos de acatar estritamente sua doutrina.
Ao mesmo tempo, no segundo capítulo, ele o apresenta como nosso Irmão na carne; e assim nos induz a nos devotarmos a ele ainda mais voluntariamente. Combina também exortações e ameaças a fim de conduzir à obediência aqueles que são indolentes ou que resistem impiamente; e prossegue nesse esforço quase até o final do quarto capítulo.
5. Então o autor passa a explicar o sacerdócio de Cristo, o genuíno e perfeito conhecimento dele, o qual abole todas as cerimônias da lei.
6. O apóstolo se desvia um pouco com vistas a reprovar os judeus, porquanto haviam se estacionado nos primeiros rudimentos da religião à semelhança de crianças - também os terrifica com uma grave e severa denúncia, porquanto havia o risco de que, caso negligenciassem seu progresso espiritual, fossem finalmente rejeitados pelo Senhor.
7. Em seguida ameniza tal aspereza, dizendo que esperava deles coisas melhores, com o fim de reanimar aqueles a quem havia deprimido, para que progredissem.
8. Então se volta para o sacerdócio:
.primeiramente, mostra que ele diferia do antigo sacerdócio sob o regime da lei;
.em segundo lugar, mostra que ele era mais excelente em razão de o haver substituído e que fora sancionado por meio de juramento, uma vez que é eterno e permanece eficaz para sempre, e porque aquele que desempenha seus deveres é superior em honra e dignidade a Arão e a todo o restante da tribo de Levi, bem como de todos os tipos prefigurados na pessoa de Melquisedeque.
9. Com o fim de provar mais plenamente que as cerimônias da lei foram canceladas, ele menciona que as mesmas foram destinadas, juntamente com o tabernáculo, a um fim específico, isto é, proclamar o protótipo celestial.
Daqui se conclui que não podemos depender deles, a menos que queiramos deter-nos em meio à nossa jornada, e não mais levemos em conta o alvo que jaz adiante. Sobre esse tema, ele cita uma passagem de Jeremias, na qual se promete um novo pacto, o qual era simplesmente um aperfeiçoamento do antigo. Segue-se desse fato que o antigo era fraco e estava preste a desaparecer.
10. Depois de falar da semelhança e similitude entre as sombras e a realidade exibidas em Cristo, ele então conclui que todos os ritos designados por Moisés haviam sido anulados pelo único e genuíno sacrifício de Cristo, visto que a eficácia desse sacrifício é perpétua, e que não só é plenamente ratificada no Novo Testamento, mas que é um cumprimento genuíno e espiritual daquele sacerdócio externo que esteve em vigor sob o regime da lei.
A essa doutrina ele novamente conecta uma exortação, à maneira de um incentivo, para que pusessem de lado todos os impedimentos e recebessem a Cristo com a devida reverência.
11. Com relação aos muitos exemplos que ele menciona no capítulo 10 11, concernente aos pais, parece-me que foram transmitidos para que os judeus compreenderem que, se foram conduzidos de Moisés a Cristo, então não deviam desviar-se da fé dos patriarcas; ao contrário disso, deviam achegar-se a eles de uma forma ainda mais especial.
Se o elemento primordial presente neles era a fé, bem como a raiz de todas as demais virtudes, segue-se que por meio dela podiam ser contados entre os filhos de Abraão e dos profetas de uma forma muito especial.
Por outro lado, todos aqueles que não seguem a fé dos patriarcas são bastardos. E essa recomendação do evangelho não é algo destituído de importância, já que por meio dele temos união e comunhão com a Igreja universal, a qual existe desde o princípio do mundo.
12. Os últimos dois capítulos contêm vários preceitos quanto à maneira como devemos viver. Eles falam de esperança, de levar a cruz, de perseverança, de gratidão para com Deus, de obediência, de misericórdia, de deveres do amor, de castidade e de coisas semelhantes a essas. Finalmente, ele conclui com uma oração, e ao mesmo tempo dá aos leitores a esperança de que tornará a vê-los.
0 objetivo inicial não é provar aos judeus que Jesus, o Filho de Maria, era o Cristo, o Redentor que lhes fora prometido. Uma vez que estava escrevendo àqueles que já haviam feito uma confissão de Cristo, esse ponto é tido como que provado.
A preocupação do escritor é provar qual é o ofício de Cristo,que, com sua vinda, pôs-se um fim às cerimônias.
É necessário traçar esta distinção:
Como teria sido uma tarefa supérflua para o apóstolo provar aos que já estavam convencidos de que aquele que havia aparecido era o Cristo, assim fazia-se necessário que ele provasse o que Cristo era, porquanto não haviam ainda entendido claramente o fim, os efeitos e as vantagens de sua vinda; senão que, sendo dominados por um falso conceito acerca da lei, apegaram- -se à sombra em vez de tomarem posse da substância.
Hoje, nossa tarefa frente a tantas teologias é a mesma; pois confessam conosco que Cristo é o Filho de Deus, o Redentor que fora prometido ao mundo; quando, porém, nos aproximamos da realidade, descobrimos que o despojam de mais da metade de seu poder.
1. Seu ponto de partida é a dignidade de Cristo; porque parecia estranho aos judeus que o evangelho devesse ser preferido à lei.
2. Ele estabelece o ponto que estava em disputa, a saber, que a doutrina trazida por Cristo desfrutava de preeminência, porquanto ela era o cumprimento de todas as profecias.
3. A reverência que devotavam a Moisés poderia constituir-lhes um obstáculo, o apóstolo mostra que Cristo era muitíssimo superior a todos os demais.
4 . Depois de referir-se brevemente às coisas nas quais Cristo sobrepujava aos demais, ele menciona os anjos, de modo a incluir todos os outros com eles em sua própria hierarquia.
E assim ele avança prudentemente rumo ao seu alvo.
5. Depois de haver assim colocado os anjos sob o poder e domínio de Cristo, o apóstolo, como que tendo, por assim dizer, granjeado a confiança de seus leitores, declara então que Moisés era inferior a Cristo, à semelhança de um servo ao seu senhor.
Ao colocar Cristo, nos três primeiros capítulos, no pináculo do poder supremo, o autor indica que, quando Cristo fala, tudo deve ficar em silêncio, e que nada deve impedir-nos de acatar estritamente sua doutrina.
Ao mesmo tempo, no segundo capítulo, ele o apresenta como nosso Irmão na carne; e assim nos induz a nos devotarmos a ele ainda mais voluntariamente. Combina também exortações e ameaças a fim de conduzir à obediência aqueles que são indolentes ou que resistem impiamente; e prossegue nesse esforço quase até o final do quarto capítulo.
5. Então o autor passa a explicar o sacerdócio de Cristo, o genuíno e perfeito conhecimento dele, o qual abole todas as cerimônias da lei.
6. O apóstolo se desvia um pouco com vistas a reprovar os judeus, porquanto haviam se estacionado nos primeiros rudimentos da religião à semelhança de crianças - também os terrifica com uma grave e severa denúncia, porquanto havia o risco de que, caso negligenciassem seu progresso espiritual, fossem finalmente rejeitados pelo Senhor.
7. Em seguida ameniza tal aspereza, dizendo que esperava deles coisas melhores, com o fim de reanimar aqueles a quem havia deprimido, para que progredissem.
8. Então se volta para o sacerdócio:
.primeiramente, mostra que ele diferia do antigo sacerdócio sob o regime da lei;
.em segundo lugar, mostra que ele era mais excelente em razão de o haver substituído e que fora sancionado por meio de juramento, uma vez que é eterno e permanece eficaz para sempre, e porque aquele que desempenha seus deveres é superior em honra e dignidade a Arão e a todo o restante da tribo de Levi, bem como de todos os tipos prefigurados na pessoa de Melquisedeque.
9. Com o fim de provar mais plenamente que as cerimônias da lei foram canceladas, ele menciona que as mesmas foram destinadas, juntamente com o tabernáculo, a um fim específico, isto é, proclamar o protótipo celestial.
Daqui se conclui que não podemos depender deles, a menos que queiramos deter-nos em meio à nossa jornada, e não mais levemos em conta o alvo que jaz adiante. Sobre esse tema, ele cita uma passagem de Jeremias, na qual se promete um novo pacto, o qual era simplesmente um aperfeiçoamento do antigo. Segue-se desse fato que o antigo era fraco e estava preste a desaparecer.
10. Depois de falar da semelhança e similitude entre as sombras e a realidade exibidas em Cristo, ele então conclui que todos os ritos designados por Moisés haviam sido anulados pelo único e genuíno sacrifício de Cristo, visto que a eficácia desse sacrifício é perpétua, e que não só é plenamente ratificada no Novo Testamento, mas que é um cumprimento genuíno e espiritual daquele sacerdócio externo que esteve em vigor sob o regime da lei.
A essa doutrina ele novamente conecta uma exortação, à maneira de um incentivo, para que pusessem de lado todos os impedimentos e recebessem a Cristo com a devida reverência.
11. Com relação aos muitos exemplos que ele menciona no capítulo 10 11, concernente aos pais, parece-me que foram transmitidos para que os judeus compreenderem que, se foram conduzidos de Moisés a Cristo, então não deviam desviar-se da fé dos patriarcas; ao contrário disso, deviam achegar-se a eles de uma forma ainda mais especial.
Se o elemento primordial presente neles era a fé, bem como a raiz de todas as demais virtudes, segue-se que por meio dela podiam ser contados entre os filhos de Abraão e dos profetas de uma forma muito especial.
Por outro lado, todos aqueles que não seguem a fé dos patriarcas são bastardos. E essa recomendação do evangelho não é algo destituído de importância, já que por meio dele temos união e comunhão com a Igreja universal, a qual existe desde o princípio do mundo.
12. Os últimos dois capítulos contêm vários preceitos quanto à maneira como devemos viver. Eles falam de esperança, de levar a cruz, de perseverança, de gratidão para com Deus, de obediência, de misericórdia, de deveres do amor, de castidade e de coisas semelhantes a essas. Finalmente, ele conclui com uma oração, e ao mesmo tempo dá aos leitores a esperança de que tornará a vê-los.
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